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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

 
Sou mais um nesta multidão

que segue o vento.

Sou aquele

que com o sol as costas

Persegue a sombra.

Sou o eremita

que esconde no fundo da gruta

o rádio de pilha.

Sou o viajante

que segue por fora das trilhas

criando seu próprio caminho.

Sou como a nuvem

que esconde o sol

A uns trás sombras,

A outros apreensão.

Sou como o deserdado

Que da fortuna faz desdém

Onde outros

carregam brilhos nos olhos.

Sou como o bêbado

Que de equilibrio

nada tem no corpo

E na alma

carrega tantas dúvidas.
Sou aquele que amou tanto

e tão intensamente

Que esqueceu de se deixar amar

com igual intensidade.

Mas, sou humano

E por isso

Perdoável.





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