Sou mais um nesta multidão
que segue o vento.
Sou aquele
que com o sol as costas
Persegue a sombra.
Sou o eremita
que esconde no fundo da gruta
o rádio de pilha.
Sou o viajante
que segue por fora das trilhas
criando seu próprio caminho.
Sou como a nuvem
que esconde o sol
A uns trás sombras,
A outros apreensão.
Sou como o deserdado
Que da fortuna faz desdém
Onde outros
carregam brilhos nos olhos.
Sou como o bêbado
Que de equilibrio
nada tem no corpo
E na alma
carrega tantas dúvidas.
Sou aquele que amou tanto
e tão intensamente
Que esqueceu de se deixar amar
com igual intensidade.
Mas, sou humano
E por isso
Perdoável.
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